“The Kingsroad”: o segundo episódio de Game of Thrones revela o impacto emocional das primeiras escolhas dos Stark e Targaryen.
O segundo episódio de Game of Thrones “The Kingsroad”, aprofunda com precisão tudo o que o capítulo inicial começou a construir: despedidas dolorosas, tensões silenciosas e um aviso claro de que em Westeros cada escolha, por menor que pareça, terá um custo devastador. Dirigido por Tim Van Patten, o episódio funciona como uma ponte emocional entre os personagens e o destino que os aguarda, especialmente a Casa Stark e os Targaryen.
| Game of Thrones (HBO) – S01E01 – Review
A abertura em Winterfell é marcada pela dor contida diante da tentativa de assassinato de Bran Stark (Isaac Hempstead Wright). A família está unida apenas pela tragédia, mas cada membro precisa seguir em direções diferentes. Ned Stark (Sean Bean) prepara-se para acompanhar Robert Baratheon a Porto Real, enquanto Jon Snow (Kit Harington) parte para a Patrulha da Noite. É aqui que a relação entre os dois ganha profundidade: Ned promete contar a verdade sobre a origem de Jon quando retornarem — uma promessa que ecoa pela série inteira.

Jon também vive momentos decisivos antes da viagem. A cena em que ele entrega Agulha para Arya Stark (Maisie Williams) é uma das mais simbólicas do episódio, reforçando o elo entre os dois. Já seu encontro com Tyrion Lannister (Peter Dinklage) marca o início de uma amizade improvável, construída sobre sinceridade e dor compartilhada. A frase de Tyrion — “Use isso como uma armadura” — define Jon como personagem e indica o caminho emocional que ele vai trilhar.
Novas escolhas, novos destinos …
Em Porto Real, Sansa Stark (Sophie Turner) se encanta com o que imagina ser sua nova vida como futura rainha, mas a conversa com Cersei Lannister (Lena Headey) revela camadas mais sombrias da personagem. Cersei parece empática ao contar sobre a perda de um filho, mas o que a cena realmente mostra é sua habilidade em manipular narrativas. É o primeiro sinal de que Sansa está entrando em um jogo que desconhece completamente.
| Hungria e Tribo da Periferia apresentam “Reset”
Enquanto isso, além do Mar Estreito, Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) vive seu primeiro grande ponto de virada. Antes submissa e frágil, ela começa a descobrir seu poder interior. Ao aprender mais sobre dragões e questionar sua posição, Dany passa a assumir controle sobre sua relação com Khal Drogo (Jason Momoa). Emilia Clarke transmite essa transformação com sutilezas — olhares mais firmes, pausas mais longas, gestos conscientes. É o nascimento de uma líder.
Conflito se inicia …
O ponto alto do episódio acontece na estrada, quando Joffrey Baratheon (Jack Gleeson) provoca um garoto inocente, dando início a um conflito que envolve Arya, sua loba gigante Nymeria, e um golpe que machuca profundamente o orgulho do príncipe. A resposta política é imediata e cruel: Cersei exige que uma loba seja morta, e como Nymeria foge, Lady — a loba de Sansa — é sacrificada. Ned Stark assume o fardo de executar o animal, num dos momentos mais silenciosos e devastadores do episódio. Então, Lady representa a última nesga de inocência dos Stark, e sua morte marca oficialmente a ruptura entre as duas casas.

“The Kingsroad” aprofunda relações, molda destinos e mostra como Game of Thrones sempre foi, antes de qualquer batalha épica, uma história sobre escolhas humanas — dolorosas, emocionais e irreversíveis. Em suma, se o primeiro episódio apresenta Westeros, o segundo apresenta o preço de viver nele.
1 thought on “Game of Thrones (HBO) | S01E02 – Review”